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Em 30 anos, real se desvalorizou tanto que R$ 1 de hoje equivale a apenas R$ 0,12 da época

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No dia 1° de julho de 1994, o Brasil testemunhou o nascimento de uma nova era econômica com a implementação do Plano Real, sob a liderança de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso como Ministro da Fazenda. O plano veio como um super-herói para salvar o Brasil de décadas de inflação descontrolada, onde até as formigas guardavam seus trocos em moedas infladas.

Conforme repercutiu uma reportagem do portal G1 nesta segunda-feira (01), trinta anos depois de sair quentinho do forno, o IPCA vem mostrando uma inflação acumulada de 708%. Traduzindo essa matemática toda, um real hoje é praticamente troco de bala em relação ao que valia no começo. Mas apesar de vermos nosso dinheirinho encolher mais rápido que roupa de lã no sol, o Plano Real mandou bem demais em botar ordem na casa e domar a inflação. Agora, as crises inflacionárias são tipo aqueles momentos chatos que a gente acha que tá devendo, mas nem se compara aos tempos doidos de inflação que parecia foguete sem controle.

O “kit original” de cédulas lançado inicialmente incluía notas de R$ 1, R$ 5, R$ 10 e R$ 100, expandindo-se ao longo dos anos para incluir valores como R$ 2, R$ 20 e, mais recentemente, R$ 200. Desde sua introdução, cada uma dessas notas enfrentou uma erosão significativa em seu poder de compra. Por exemplo, para adquirir o mesmo poder de compra que uma nota de R$ 2 tinha em seu lançamento, atualmente seriam necessários R$ 7,69, marcando uma inflação acumulada de 284,63% desde 2001.

Em 30 anos, real se desvalorizou tanto que R$ 1 de hoje equivale a apenas R$ 0,12 da época.

A mais recente nota de R$ 200, introduzida em setembro de 2020 durante a pandemia de Covid-19, já testemunha uma inflação de 29,29% em menos de três anos, exigindo hoje R$ 258,59 para adquirir o mesmo valor que R$ 200 tinha no momento de seu lançamento.

Para ter o mesmo poder de compra de julho de 1994, seriam necessários, hoje:

  • R$ 40,40 para uma nota de R$ 5 da época;
  • R$ 404,01 para uma nota de R$ 50 da época;
  • R$ 808,02 para uma nota de R$ 100 da época.

O Plano Real não apenas estabilizou a economia brasileira, mas também marcou o fim de uma era de instabilidade monetária, pavimentando o caminho para um crescimento econômico mais sustentável nas décadas seguintes. Apesar dos desafios econômicos e crises internas e externas, o Brasil conseguiu manter a inflação sob controle, com taxas acumuladas raramente ultrapassando os 9% ao ano desde a implementação do Real.

Trinta anos após sua implementação, o Plano Real continua a ser um marco na história econômica do Brasil, relembrando não apenas o sucesso em conter a inflação descontrolada, mas também a resiliência necessária para enfrentar os desafios econômicos globais e internos.

Este relato histórico não apenas celebra o aniversário do Real, mas também nos lembra da importância de políticas econômicas sólidas e da estabilidade monetária para o desenvolvimento sustentável de um país.

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