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Mulher acaba ‘ganhando’ R$ 95 mil no Tigrinho, tem conta bloqueada e vai à Justiça

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Uma mãe de 28 anos residente em Maceió, experimentou uma reviravolta emocional ao se deparar com o que parecia ser a oportunidade de mudar sua vida. Apostando no jogo do tigrinho através da plataforma internacional Rico33.com, ela foi anunciada como ganhadora de um prêmio significativo: R$ 94,9 mil. Para alguém que sustenta seus dois filhos com o Bolsa Família e pequenos trabalhos temporários, essa quantia representava muito mais do que dinheiro — era a promessa de uma vida melhor.

Cheia de esperança, Lúcia compartilhou a boa notícia com sua família e começou a fazer planos para adquirir uma pequena casa onde poderia viver com seus filhos. No entanto, a alegria durou pouco. Ao tentar sacar o prêmio, ela se deparou com um bloqueio inesperado em sua conta na plataforma. O sonho se transformou em pesadelo quando ficou claro que o dinheiro não estava disponível para ela.

O caso ganhou repercussão por meio de uma reportagem do portal UOL, que conta que a trajetória de Lúcia com a Rico33.com começou após recomendação da influenciadora Ana Paula Ferreira da Silva, conhecida como Paulinha Ferreira, que agora está no centro de uma investigação policial em Alagoas. A operação Game Over, deflagrada recentemente, revelou esquemas de fraude envolvendo a divulgação e operação de jogos como o do tigrinho. Influenciadores como Paulinha, que promoviam esses jogos, recebiam tratamento diferenciado das plataformas, acessando uma versão supostamente mais vantajosa do jogo.

Lúcia, encantada com a aparente prosperidade e confiança transmitida por Paulinha, depositou R$ 400 na Rico33.com no ano anterior, seguindo os passos recomendados pela influenciadora. Quando finalmente ganhou, descobriu que não poderia sacar seu prêmio. Desiludida, Lúcia processou Paulinha por danos morais, buscando recuperar o dinheiro que legitimamente ganhou.

Em resposta às acusações, o advogado de Paulinha argumenta que ela apenas fazia publicidade do jogo, seguindo as normas do Conar e das leis brasileiras que regem as apostas de cota fixa desde 2013. Segundo ele, a responsabilidade pelos saques e problemas relacionados à plataforma pertence aos seus proprietários, não aos influenciadores que as promovem.

Homem conta cédulas de R$ 50 na mão.

As investigações revelaram práticas obscuras por trás das plataformas de apostas, onde os donos, muitas vezes estrangeiros, operam de forma evasiva, mudando constantemente os nomes e links das plataformas para evitar a desconfiança dos apostadores que começam a perder dinheiro.

Enquanto isso, Lúcia luta para recuperar não apenas o dinheiro prometido, mas a confiança perdida em uma figura em quem ela admirava e confiava. Para ela, essa experiência não foi apenas uma decepção financeira, mas também uma dolorosa lição sobre os perigos ocultos por trás das promessas de riqueza fácil.

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