Entenda como é possível sobreviver a uma queda de elevador; veja dicas e exemplos

Imagine que você está assistindo a um daqueles filmes de ação intensos, onde o herói está preso em um elevador que começa a cair descontroladamente. Ou talvez você tenha ouvido uma música que menciona uma situação tensa em um elevador. Você já pensou o que faria se isso acontecesse com você? Embora pareça um cenário de pesadelo, a realidade é que os elevadores são incrivelmente seguros. No entanto, para aqueles raríssimos casos em que algo dá errado, aqui está o que você precisa saber.

Os elevadores modernos são projetados com uma série de recursos de segurança. Os elevadores de tração, que são os mais comuns, usam cabos de aço, polias e contrapesos. Eles possuem um dispositivo chamado governador de velocidade, que aciona os freios se o carro do elevador começar a descer muito rápido.

Além disso, esses elevadores têm interruptores ao longo do poço que detectam o carro e iniciam desacelerações e paradas nos pontos apropriados. Curiosidade: cada um dos cabos de aço que sustentam o elevador é forte o suficiente para segurar o carro sozinho!

Os elevadores hidráulicos, por outro lado, usam um macaco de pistão para subir e descer. Embora eles sejam menos comuns em prédios altos e não tenham todos os recursos de segurança dos elevadores de tração, eles são limitados a edifícios de até seis andares. Portanto, se você estiver em um elevador hidráulico, a queda máxima seria de 18 a 27 metros, o que ainda é uma queda considerável.

O que fazer em caso de queda?

Vamos ao cenário hipotético e assustador: você está em um elevador em queda. Em questão de segundos, você precisa tomar uma decisão que pode salvar sua vida.

1. Pular Antes do Impacto: Mito ou Verdade?
   Alguns acreditam que pular um segundo antes do impacto pode reduzir a velocidade da queda. Mas isso é extremamente difícil de fazer na prática. A melhor redução de velocidade que você poderia alcançar seria de apenas 3 a 5 km/h, e você corre o risco de bater a cabeça no teto do elevador e se machucar ainda mais.
2. Dobrar os Joelhos: Uma Opção?
   Outra sugestão é dobrar os joelhos para absorver o impacto, semelhante a um paraquedista. No entanto, essa técnica é incerta em altas velocidades e pode aumentar o risco de lesões nas pernas e joelhos. Além disso, mantém seu corpo na linha de força do impacto, o que pode resultar em fraturas mais graves.
3. Deitar de Costas: A Melhor Opção
   A posição mais recomendada é deitar de costas no chão do elevador. Isso distribui a força do impacto por todo o corpo e protege melhor a coluna e ossos longos contra danos por esmagamento. Cobrir o rosto e a cabeça com as mãos também ajuda a se proteger contra detritos.

Mesmo com essa estratégia, há alguns desafios. Primeiro, deitar no chão enquanto você está em queda livre pode ser difícil, pois você se sentirá sem peso. Além disso, a força do impacto ainda pode causar danos significativos aos seus órgãos internos. Em segundo lugar, o próprio carro do elevador pode se transformar em uma armadilha mortal de detritos no impacto.

Casos reais de sobrevivência

Um caso notável é o de Betty Lou Oliver, que sobreviveu a uma queda de 75 andares no Empire State Building em 1945. O cabo desconectado do elevador enrolou-se no fundo do poço e amorteceu sua queda, salvando sua vida. Nem todos têm a mesma sorte, mas a história dela mostra que, em situações extremas, pequenos fatores podem fazer a diferença.

Embora a chance de você precisar usar essas dicas seja extremamente baixa, é bom estar preparado. Lembre-se: deitar de costas no chão é a sua melhor aposta para aumentar suas chances de sobrevivência em um elevador em queda. Pode não ser a solução perfeita, mas é a melhor entre as opções disponíveis. Fique seguro e confie nos sistemas de segurança dos elevadores modernos!