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Astronomia

Entenda como uma mancha solar gigante foi capaz de desencadear auroras por todo o planeta

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Após um período de eventos astronômicos impressionantes, que incluíram um eclipse solar histórico e chuvas de meteoros, os céus do nosso planeta foram novamente brindados com um espetáculo celestial de tirar o fôlego: as auroras polares. Banhando o firmamento em uma vibrante aquarela de cores verde, vermelha, roxa e rosa, essas luzes misteriosas encantaram observadores em diversas regiões do globo.

Mas como exatamente essas auroras surgem? Vamos desvendar esse mistério começando pela estrela central do nosso sistema solar: o Sol. Com temperaturas superiores a 5,5 mil graus Celsius em sua superfície e mais de 1 milhão de graus Celsius em sua coroa, o Sol é um verdadeiro caldeirão de energia. Essa energia é gerada por meio de reações nucleares que ocorrem em seu núcleo, liberando uma quantidade massiva de calor e luz.

Essa intensa atividade solar pode resultar em fenômenos conhecidos como tempestades solares, que nada mais são do que erupções de partículas e radiação eletromagnética. Uma dessas erupções, chamadas de ejeções de massa coronal (CMEs), ocorreu recentemente em uma região particularmente ativa do Sol, conhecida como AR 3664. Esta área, tão grande que pode ser vista da Terra com os equipamentos adequados, tem sido fonte de várias CMEs nas últimas semanas.

Quando essas ejeções de massa coronal alcançam a Terra, elas interagem com o campo magnético do nosso planeta. O campo magnético terrestre, uma espécie de “protetor solar” natural, desvia a maior parte dessas partículas, mas algumas conseguem penetrar a atmosfera e interagir com os átomos e moléculas presentes nela, como oxigênio e nitrogênio.

Essa interação resulta na liberação de energia na forma de luz, criando as deslumbrantes auroras polares. Dependendo da composição da atmosfera e da altitude em que ocorre a interação, as auroras podem apresentar diferentes cores. O verde, por exemplo, surge quando as partículas solares interagem com o oxigênio a altitudes entre 100 e 300 quilômetros, enquanto o vermelho é mais comum em altitudes entre 300 e 400 quilômetros.

Embora as auroras sejam frequentemente associadas ao hemisfério norte e conhecidas como auroras boreais, também podem ocorrer no hemisfério sul, onde são chamadas de auroras austrais. Lugares próximos aos polos, como o Alasca, Rússia, Canadá, Finlândia e Noruega, são locais privilegiados para observar esse fenômeno. No entanto, devido à intensidade das tempestades solares recentes, as auroras puderam ser avistadas em latitudes mais baixas do que o habitual, incluindo o Reino Unido e até mesmo partes do México.

Embora o Brasil esteja localizado em uma região intermediária, onde as auroras raramente são visíveis, eventos como esses nos lembram da beleza e do poder do universo que nos rodeia, conectando-nos a fenômenos que transcendem fronteiras e nos lembram da incrível diversidade e complexidade do cosmos.

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