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Escritora de Harry Potter diz que 14 anos é muito cedo para alguém decidir mudar de gênero

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A escritora britânica J.K. Rowling se posiciona cada vez mais convicta sobre suas posições contrárias à militância trans. Embora sofra ataques por conta de suas opiniões firmes no sentido de ser contra o entendimento de que “há mulheres que não menstruam”, a autora da série de sucesso Harry Potter não volta atrás, e nem mesmo se dobra aos militantes.

Recentemente, o jogo derivado da série do menino bruxo foi alvo de uma campanha tentando boicotá-lo. Apesar de toda a tentativa, o boicote não deu certo e ‘Hogwarts Legacy’ ultrapassou 12 milhões de unidades vendidas, deixando para a Warner Bros. Games, um faturamento equivalente a R$ 4,3 bilhões.

A campanha agressiva contra o game, foi apenas uma entre tantas motivadas por declarações dadas pela britânica. A mais recente ganhou repercussão em uma reportagem do jornal britânico Daily Mail, que conta que a escritora expressou sua opinião de que uma adolescente de 14 anos é demasiadamente jovem para tomar uma decisão quanto à transição de gênero.

Escritora de Harry Potter diz que 14 anos é muito cedo para alguém decidir mudar de gênero.

Os comentários da escritora britânica foram feitos no podcast The Witch Trials of JK Rowling, onde ela conta que também questionou a sua própria sexualidade durante a adolescência e afirmou não acreditar que indivíduos tão jovens pudessem compreender verdadeiramente a perda de sua fertilidade.

Ela revelou que amigos imploraram para que ela não discutisse suas opiniões sobre questões transgênero, e que foi aconselhada a não se envolver na controvérsia, devido à possível reação negativa.

Apesar disso, a autora afirmou que sentia a necessidade de falar, pois acreditava que as mulheres estavam sendo silenciadas. A autora de Harry Potter ainda relembrou sua adolescência e como questionava sua própria sexualidade, chegando a se perguntar se seria gay ao achar suas amigas bonitas.

Alguns livros da série da escritora J. K. Rowling.

A escritora mencionou que apesar de ter se desenvolvido como uma mulher heterossexual, nunca deixou de sentir ansiedade em relação ao seu corpo. Ainda segundo Rowling, aos seus 14 anos, ser mãe não era uma vontade. Contudo, tempos depois, a maternidade se tornou a experiência mais alegre e maravilhosa de sua vida. Ela disse que, na época, não conseguia compreender a dimensão desse sentimento e o que estava abrindo mão ao considerar rejeitar a ideia de ter filhos.

Ela ainda comentou sobre sua infância em um ambiente misógino, no qual não se sentia completamente inserida, e lembrou que, entre 11 e 12 anos, tinha um visual bastante andrógino, com cabelos curtos.

A primeira entre tantas declarações contra a militância trans, dadas por J.K. Rowling, foi em 2019, quando twittou seu apoio a Maya Forstater, uma especialista em impostos que foi demitida por twittar que ‘homens não podem se tornar mulheres’.

Com relação a continuar dando as opiniões que dá sobre o tema, a escritora disse ter aceitado que estava ‘protegida’ até certo ponto por causa de sua riqueza, mas disse que a questão também era muito pessoal para ela.

“Portanto, tenho uma enorme preocupação, estou vendo mulheres sendo fechadas e intimidadas, seus empregadores sendo alvo de um movimento que considero autoritário”, disse ela.

Por fim, entre tantas outras declarações dadas ao longo de 1 hora e 30 minutos de programa, a escritora finalizou falando sobre a tentativa de cancelamento e ameaças de morte que sofre por dar declarações sobre o tema, e disse não ter medo de absolutamente nenhum que possa sofrer, pois está imune a qualquer tentativa de golpe contra sua obra: “Aconteça o que acontecer, se todos decidirem: ‘Você é uma bruxa malvada, nunca mais compraremos seus livros’, mesmo assim posso alimentar minha família, meu mundo não desabará, meus filhos não passarão fome”, declarou.

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