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Arrependida de mudança de sexo, mulher processa psiquiatra por ter aprovado transição

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A australiana Jay Langadinos tinha apenas 19 anos e acreditava ser um homem quando conheceu o Dr. Patrick Toohey, um psiquiatra veterano de Sidney, que em maio de 2010, a encaminhou para um endocrinologista para determinar o início de uma transição de gênero para o masculino.

Hoje, com 31 anos, a mulher que se arrependeu do procedimento, está processando o médico por ter permitido, após uma única consulta, que ela se submetesse ao tratamento.

De acordo com uma matéria do jornal New York Post, que repercutiu o caso em agosto, uma das alegações apresentadas nos autos do processo é a carta de encaminhamento da professora Ann Conway, que disse que “parecia provável” que Langadinos tivesse “verdadeira disforia de gênero”, contudo ela era muito jovem e claramente precisava investigação psiquiátrica antes de iniciar o tratamento hormonal.

Arrependida de mudança de sexo, mulher processa psiquiatra por ter aprovado transição.

Toohey, no entanto, concordou, na época, que Langadinos sofria de disforia de gênero (o chamado desalinhamento entre o sexo de uma pessoa e como ela se identifica), e descobriu que ela era adequada para terapia hormonal, neste caso testosterona, que estimula o desenvolvimento de características sexuais secundárias masculinas.

Langadinos então viu Toohey novamente em fevereiro de 2012 pela segunda vez. Agora, com o aval clínico, e na presença de seus pais, ela estava ansiosa para ter seus seios removidos em uma mastectomia, e o psiquiatra com o qual ela se consultou não viu nenhuma contraindicação para que ela se submetesse ao procedimento.

A jovem então foi operada em abril, e no mês seguinte estava de volta. Desta vez, para discutir sobre seu desejo em ter o útero removido. Mais uma vez, o psiquiatra relatou não ver nenhuma contraindicação, e a liberou imediatamente para histerectomia como parte da transição de gênero. Langadinos então passou pela cirurgia em novembro, sete meses depois de se submeter a mastectomia. A essa altura, ela já estava com 22 anos.

Disforia de gênero e o arrependimento.

Agora, as avaliações clínicas do psiquiatra estão sujeitas a um caso legal raro. Na avaliação de Langadinos, as aprovações de Toohey se deram de forma expressa sem serem avaliados os riscos ou mesmo se ela estava, de fato, apta para passar pelos procedimentos.

Foi em novembro de 2016, que Langadinos, cerca de quatro anos após os procedimentos, chegou a conclusão de que não deveria ter feito a hormonioterapia, e nem a primeira e a segunda cirurgias. Em entrevista ao jornal australiano Sydney Morning Herald, a jovem desabafou, triste, afirmando que é devastador saber que não poderá mais ter filhos.

A reportagem consultou Toohey, que não quis se pronunciar sobre o caso.

O processo de consulta com o psiquiatra, que deveria ser o início de um caminho para a afirmação da jovem, acabou, no fim, sendo um capítulo devastador em sua vida.

“À medida que minha infelicidade crescia, senti que a causa dela era porque eu não era homem, então a resposta foi mudar meu corpo ainda mais. Eu tive um colapso, não consegui funcionar por um ano inteiro. Eu não conseguia sair da cama. Eu gostaria de saber o quanto eu estava sofrendo e por quê”, declarou.

O caso foi para uma audiência de instrução em agosto. O advogado da seguradora de indenização médica de Toohey buscou mais detalhes da reclamação apresentada pela jovem antes de se defender.

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